Não posso deixar de replicar aqui neste Blog este excelente texto do Dr. Cleber Pevidor, publicado no Jornal Lavras 24 horas desta semana. Principalmente por que o Observador tem defendido veemente a prevenção à violência nas escolas.
No dia sete de abril/2011
O Brasil ficou consternado com o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira entrou facilmente na Escola, portando armas e munição, e matou doze alunos, ferindo, ainda, vários outros. Tenta-se, agora, encontrar explicações, e motivos determinantes para a matança. Em meio a tantas suposições, falou-se na imprensa que o jovem assassino sofria bullying na escola, e isso pode ter-lhe causado algum trauma e desejo de vingança. Um rapaz que estudou por três anos com Wellington, com quem jogava bola e até freqüentava-lhe a casa, disse em uma entrevista que, por ser muito esquisito, ele era vítima de várias brincadeiras dos colegas, por exemplo: escondiam a sua pasta – amarravam os seus cadarços para que caísse-as meninas o chamavam de feio e esquisito- e certa vez até o colocaram dentro da lata de lixo.Lógico que nada disso justificaria o que foi feito, se isso fosse apontado como causa.
Quero aproveitar o caso da Escola de Realengo para falar de uma figura que não existe mais nas escolas, e que a meu ver faz muita falta que é o BEDEL. Talvez, em razão da pouca idade, a maioria dos leitores nem sabem o que significa, vez que a mais de vinte anos sumiu das escolas.
Bedel significa chefe de disciplina. Toda escola antigamente tinha um disciplinário (bedel), que ficava no portão recebendo os alunos e disciplinando-os desde a chegada. Durante as aulas ele ficava nos corredores e acompanhava todos os alunos que saíam de sala de aula para irem ao banheiro ou outro lugar. Nos intervalos de aulas e durante o recreio, vigiava a todos para impedir que algum aluno fosse humilhado, ameaçado, agredido verbal-moral e fisicamente, por outros alunos (o que hoje é chamado de bullying).
Más, os Governos estaduais e municipais abriram mão desses servidores, achando-os desnecessários e ultrapassados para uma educação “moderna”. Porém, o resultado veio